sexta-feira, 11 de maio de 2012

Claudeir Covo – uma voz que se cala

Texto redigido pelo amigo e pesquisador Carlos Alberto Reis - publicado com sua autorização

A ufologia brasileira perdeu um dos seus mais destacados investigadores no cenário contemporâneo. Claudeir Covo, 62 anos, engenheiro e ufólogo paulista, faleceu na madrugada do dia 5 de maio, em decorrência de complicações gastrintestinais.

Sua produção nessa área é extensa, marcada pela extrema seriedade e rigor. Não descansava enquanto não concluísse uma pesquisa de maneira satisfatória, e ia às últimas consequências para defender um ponto de vista. Não obstante, sabia ouvir e ponderar – qualidade rara nesse meio – quando algo confrontasse suas convicções, desde que argumentado com inteligência. Jamais presenciei qualquer atitude desrespeitosa no âmbito de um debate, por mais polêmico e acirrado.

Conhecemo-nos casualmente em meados dos anos 70, sem que soubéssemos do interesse comum que nos faria reencontrar tempos depois, em 1979, quando da visita do Prof. J. Allen Hynek ao Brasil. Aquela circunstância foi a semente de uma amizade que se fortaleceria ao longo dos anos, fruto da identidade de postura e do comprometimento responsável na busca pela verdade sobre o fenômeno Ovni.

Em 1982, ao publicar na revista Planeta polêmica matéria desmascarando o caso Barra da Tijuca, desconhecia o fato de que, coincidentemente, Claudeir se empenhava na mesma investigação, e isso serviu para sedimentar a mais respeitosa e profícua relação de trabalho. Naquela ocasião, foi por nossas mãos que ele debutou na difícil arte de transmitir conhecimentos a uma plateia atenta, como “convidado-surpresa” em dos nossos simpósios de ufologia na capital paulista.

Investindo sempre no aprimoramento das suas análises, Covo não economizava na ampliação de sua biblioteca, nos equipamentos de última geração, em pesquisa de campo e viagens. Com igual dedicação, propunha-se a colaborar com os colegas, fornecendo dados e informações consistentes para substanciar as investigação. Solícito, atendia prontamente a imprensa e não criava obstáculos para atender aos convites para palestras ou outros eventos.

Por inúmeras vezes estivemos lado a lado em seminários e congressos. Suas explanações inspiravam enorme respeito, pela solidez dos argumentos e conhecimento de causa, não deixando margens a dúvidas, especulações ou contestações. Com desconfortável assiduidade para os “entusiastas” do fenômeno, os resultados de suas pesquisas derrubavam quaisquer possibilidades de que uma fotografia, filmagem ou simples visualização pudesse tratar-se de um “disco voador”. Prevaleciam o bom senso, a cautela e a irrefutável linguagem da competência.

Legítimo representante da chamada “ufologia científica”, Claudeir Covo soube como poucos elevar o padrão da verdadeira investigação ufológica, nunca se deixando influenciar pelo fascínio e sedução que o assunto invariavelmente produz. Seu legado, exemplo singular para futuras gerações, resume-se em três palavras: responsabilidade, competência e respeito.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Nota de Falecimento: Claudeir Covo -

Amigos,

Com grande pesar informo que o estimado amigo, engenheiro e ufologista Claudeir Covo, diretor do INFA, faleceu no último dia 05 vítima de complicações de saúde que enfrentava já a alguns anos. Seu corpo foi velado e supultado no Cemitério do Araça em São Paulo, Capital.

Claudeir Covo era um ufologista crítico, racional e seguia uma metodologia científica em todas as pesquisas que conduziu. Foi o divulgador da primeira grande farsa da Ufologia Nacional, conhecido como o Caso Barra da Tijuca.

Tive o privilégio de participar de várias pesquisas com o Claudeco, como era conhecido pelos amigos próximos, e realizamos várias análises de imagens e vídeos.

Atualmente Claudeir era membro ativo da NARCAP - divisão Brasil, onde realizava análises de imagens e vídeos de UAP´s - Fenômenos Aéreos Não-Identificados

Desejo muita luz e que ele esteja mais perto da verdade que procurava. Meus sentimentos a sua esposa, Paola Covo, e a sua família

Claudeir Covo (1950-2012)